quarta-feira, 19 de outubro de 2016

#53 - "Ao ver a sua boca ao pé da minha boca,", Amaru

Ao ver a sua boca ao pé da minha boca,
desviei o olhar. E as mãos pus nos ouvidos,
quando as palavras dele retiniam.
Também escondi com as mãos o suor de enleio
que a fronte me perlava. Tentei tudo.
Mas que fazer, quando senti que as vestes
por si caíam pelo meu corpo abaixo?


(versão de Jorge de Sena)

Sem comentários:

Enviar um comentário